Muitas são as homenagens para os gênios que, nesse ano de 2012, comemoram seus respectivos centenários de nascimento. É o caso de Amácio Mazzaropi, ator, humorista e grande cineasta brasileiro; Luiz Gonzaga, Rei do Baião, compositor e cantor das belezas tropicais; Jorge Amado, escritor que consagrou tipos populares no imaginário nacional; além de Monteiro Lobato que comemora 130 anos com uma rica produção de personagens do Sítio, etc.
Uns mais que outros vão ganhando homenagens aqui e ali. A despeito da pouca memória que se diz grande mal, o povo tem reconhecido e algumas mídias teem dado espaço para esses e outros nomes valorosos que fizeram nossa cultura despontar mundialmente com traços marcadamente originais e criativos.
O que tanto o povo, como o poder público, como as mídias esquecem é de valorizar os gênios que estão aqui, do nosso lado, vivinhos, não obstante a idade e o temperamento que os manteem afastados do contato com o mundo.
É o caso do poeta Francisco de Oliveira Carvalho, funcionário público aposentado, homem ativo intelectualmente em plenos 85 anos recentemente completos. Como já enunciado nesse blog.
E o Luizão, Rei do Baião.
A grande contribuição de Francisco Carvalho para a cultura brasileira e para a língua portuguesa se deu a partir do trabalho com a escrita tanto crítica como literária da qual desponta o gênero poesia. Destaque para os sonetos que o autor cultua. Poesias clássicas, por vezes encontradas entre temas mitológicos, de crítica social, da vida cotidiana, do eros, das coisas do sertão jaguaribano, da reflexão sobre a condição humana.
A sensibilidade, a originalidade, a perícia com as palavras e o respeito pelo bom gosto e pela profundidade, o colocaram entre os maiores escritores brasileiros vivos.
Dentre os poucos reconhecimentos nacionais conquistados desponta o Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira concedido na década de 1990.
Além da reverência de grandes personalidades como José Alcides Pinto, Ana Miranda, Moreira Campos, Batista de Lima, Dimas Macedo, Luiz Tavares Júnior, Luciano Maia, Sânzio de Azevedo, César Leal, Eduardo Benevides, Nilto Maciel, Paulo de Tarso Pardal, Nelly Coelho, Caio Porfírio Carneiro, Eduardo Diatahy de Menezes.
Apesar de quase todos serem oriundos da região de origem do poeta, seu nome é destacado também em outras línguas, principalmente o espanhol.
Recentemente, parte de sua poesia foi traduzida pelo escritor e diplomata Rumen Stoyanov e lançada pela Editora da Universidade de Sófia.
No mundo digital a versão recitada do poeta ganha acessos na voz de Antônio Abujamra, Ricardo Guilherme, na voz de Raimundo Fagner que lhe pegou de empréstimo algumas poesias para o álbum Donos do Brasil, dentre outros artistas que se depararam com o brilhantismo do membro da Academia Cearense de Letras.
Convidamos outros amantes da arte e da beleza a recitarem os versos do poeta na internet, na vida real, nas escolas, na intimidade do quarto ou da sala de estudo.
O poder público e os meios de comunicação, esses últimos a exemplo do jornal O Povo, fiquem à vontade para divulgar, reconhecer e homenagear esse que encheu de beleza e leveza a literatura universal.
Os gênios também gostam de reconhecimento em vida!