Kansas State University

Prédio da Kansas State University.

Universidade de Utah

Fachada do Departamento de Filosofia da Universidade de Utah.

Universidade de Pradesh Arni

Uma das fachada da Pradesh Arni University, na Índia.

University PrimeTime

Paisagem da Marist University / University PrimeTime, nos Estados Unidos.

Universidade de Oxford

Anglian College, da Universidade de Oxford.

A Secretaria de Educação de Jaguaruana e o IFCE fazem enquete no link:

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terça-feira, 20 de setembro de 2016

CARUS CELEBRA 75 ANOS DO CORREIO DE RUSSAS COM CONCURSO LITERÁRIO

A comunicação é um elemento essencial da ação humana. Tema de inumeráveis estudos, da psicologia até a comunicação social e publicidade, se faz presente na vida de milhões de pessoas através dos meios de comunicação.

Apesar de muitas vezes serem utilizados com fins particularistas e até escusos, os meios de comunicação são ferramenta essencial para promoção da democracia, da boa política e, em última instância, do entendimento humano. Nesse sentido, feliz a comunidade que possui meios de comunicação próprios, autônomos e a serviço do bem comum.

Existem dezenas, quem sabe centenas, de jornais, noticiários, informativos e revistas escritos publicados a partir do interior do Ceará nos últimos anos. Muito mais do que se imagina. 

Infelizmente, contudo, poucos conseguem subsistir por um maior período de tempo. Alguns até surgem com objetivos nobres e compromisso social, buscam qualidade editorial e modernidade. Outros, ao contrário, surgem sem qualquer compromisso ético ou cultural com a comunidade. Tem pretensões unicamente comerciais, da pequena política partidária, narram somente cenas violentas ou não prezam nem mesmo pela língua portuguesa.

De uma forma ou de outra, a imprensa escrita sofre com a falta de apoio, tão comum no meio cultural e, dessa maneira, a grande maioria dos trabalhos acaba sem cumprir sua missão e sem fazer história. 

Existem, todavia, histórias que estão grafadas com letras de ouro na imprensa cearense.

Fundado em 1941, o jornal Correio de Russas, começava a circular na cidade aglutinando em torno de si alguns dos principais nomes da intelectualidade local. Sob a liderança do potiguar Manuel Matoso Filho, o "Noticioso Independente" surge para tratar de assuntos ligados à política regional. 

Naquele tempo ninguém imaginava que o jornal chegaria tão longe!

O Correio e Russas completa, em 2016, seus 75 anos como ícone do jornalismo cearense no interior do estado. O jornal ganhou uma longa existência graças ao seu atual editor, o jornalista Horácio Matoso. Bancário aposentado, Horácio Matoso atua como guardião, quase solitário, na luta pela imprensa escrita de papel no interior. 
Folder com a programação do XVIII ECR.
Trabalhando em praticamente todas as frentes do periódico, o Horácio consegue um feito digno, envolvendo só ele sabe, seu esforço pessoal e o de seus familiares. Destaco aqui, como testemunho, pessoas que, como ele, trabalham e acreditam na importância do CR: Neta, Bibia e Totô, os responsáveis pela distribuição na cidade de Russas (os mesmos, deve-se ressaltar, são irmãos do editor).

 A Casa dos Amigos de Russas, entidade conhecida dos russanos, almejando prestigiar essa trajetória vitoriosa, realiza o XVIII ENCONTRO CULTURAL RUSSANO visando homenagear essa história de superação e de fé na comunicação e na imprensa livre.


Para celebrar esse marco da imprensa cearense, a Casa dos Amigos de Russas, instituiu também o Concurso Literário com o tema: “CORREIO DE RUSSAS: 75 ANOS – O PIONEIRO DO JORNALISMO ESCRITO NA REGIÃO JAGUARIBANA”.
Mesmo não sendo o primeiro jornal escrito a circular em nossa cidade, vide o que narram os nossos historiadores, o jornal Correio de Russas, merece todas as honras, posto que é dos poucos que se mantém em circulação no Ceará desde que retomou as atividades e mais importante: é um dos mais antigos jornais em circulação no interior do Ceará.               
Com muitas histórias para contar, o CR chega ao seu 75a aniversário e são as crianças e a rapaziada que vão participar da festa. Da festa da imprensa livre e à serviço da sociedade, da celebração da amizade e da língua portuguesa, da produção literária que rende premiação para os melhores textos e faz uma justa homenagem para o nosso querido Noticioso Independente.
Parabéns à Carus pela iniciativa.
Felicitações ao ganhadores do prêmio 2016.
Meus melhores cumprimentos ao Horácio Matoso e à sua equipe.
         





segunda-feira, 19 de setembro de 2016

CAMPUS da UFC em Russas realiza o evento I Encontros Universitários

Acontecerão em Russas, pela primeira vez, os ENCONTROS UNIVERSITÁRIOS.  

Acompanhando os encontros que ocorrem há décadas em Fortaleza, o XXXV ENCONTRO de INICIAÇÃO CIENTÍFICA e o IX ENCONTRO DE PESQUISA DE PÓS-GRADUAÇÃO da UFC, o Campus de Russas, mostra que tem produtos e conteúdo para apresentar à comunidade científica.



Entre os dias 24 e 25 de novembro de 2016, o I ENCONTROS UNIVERSITÁRIOS DA UFC EM RUSSAS, terão espaço no Campus da UFC na cidade. Os Encontros possuem as seguintes modalidades: Iniciação Científica, Iniciação Acadêmica, Projetos de Extensão, Aprendizagem Cooperativa e Monitoria de Projetos de Graduação.

Voltados para estudantes, professores e servidores da instituição, os I ENCONTROS UNIVERSITÁRIOS DA UFC EM RUSSAS, têm como objetivo principal divulgar as atividades de ensino, pesquisa e extensão que estão sendo realizados naquele campus universitário.

No mundo acadêmico, os encontros científicos são um importante espaço de intercâmbio e de divulgação científica. Difusor de inovações, os espaços de exposição e de debate permitem o aprofundamento em determinados assuntos ao tempo que favorecem trocas construtivas entre os participantes.

Seria relevante, acredito, que as escolas de ensino médio e profissionalizante da região pudessem, de alguma forma, participar desses ou de outros espaços a fim de conhecer as atividades e o cotidiano de uma instituição de ensino federal. 

Essa aproximação democrática e republicana, abriria horizontes, quem sabe, alargando caminhos para o desenvolvimento profissional e científico tanto dos estudantes e professores visitantes como dos agentes universitários.

Certamente o I Encontro será premiado de êxito. 

Desde já parabenizo a Direção do Campus, em nome de todos os empenhados professores e técnicos da comissão organizadora que estão trabalhando para a realização do I E. U. . E, especialmente, para os estudantes que são a razão de existir desse e de outros projetos.

Abaixo o link para o edital do evento:

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Airton Maranhão, orgulho da literatura russana



“Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério pra mim..."

Com esses termos referidos de Clarice Lispector, Airton Maranhão sintetiza o que foi para seus amigos, seus leitores, seus conterrâneos. Um mistério envolto num manto de generosidade, humor e memorialismo.



Com sua vasta obra composta por dezenas de crônicas, artigos na imprensa, ensaios, romances, dentre outros, Airton Maranhão deu grande contribuição não apenas para a literatura, como também para o folclore cearense e brasileiro.



Sempre lembrando dos personagens mais emblemáticos e dos fatos mais estrambólicos, o Airton fazia justiça fora dos fóruns e levantava polêmicas perante os mais conservadores.



Desde a "lunática" e delicada artista Paquerrete, que é o tema central de sua última obra, o escritor escreveu sobre a “santa e mártir” Maria das Quengas; o “monstro” Zebiu; a velha Rosa do Rosário; o “extraterrestre” Picirica; o fotógrafo lambe-lambe Nêgo Leudo; Canoeiro Chico Rés; Fátima Maria Ferreira, a primeira Paraquedista russana; a “casa mal-assombrada de Manuel Anselmo e até sobre o empresário russano Leléo.



Tudo fazia parte da sua literatura, da sua mente fantástica, do seu mundo de menino jaguaribano que ainda guardava um misto de medo e rancor do Padre Pedro.



Pela sua paixão e entrega à arte das letras; por ser uma personalidade única, serena e marcante; pelo senso de justiça e humor; pela sua genialidade poética insuspeitavelmente comprometida com sua terra, Maranhão jamais poderá ser esquecido. E esse é um dever da ARCA, instituição que ele projetou e dos russanos, povo que ele prestigiou e amou.

       Por ocasião do lançamento da sua última obra publicada, na Bienal Internacional do Livro, em 11 de dezembro de 2014.



O livro de que tratamos nesse evento conjunto da ARCA e da CARUS, foi lançado em primeiro na XI Bienal Internacional do Livro do Ceará, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Vale ressaltar que sua paixão por Maria de Araújo ou Paquerrete se evidenciou depois de assistir ao filme documentário “Paquerrete” de Allan Deberton, uma película de extrema sensibilidade que cativou o poeta.



Agora lembremos um pouco o que se falou sobre escritor Airton Maranhão, o que ele escreveu e quais reflexões ele destacava:


“Airton Maranhão escreveu uma obra-prima da ficção brasileira; completa, altamente significativa e dramática em todos os sentidos.”


Jornalista, ficcionista e poeta, José Alcides Pinto

 “Maranhão deixa o suficiente para ser lembrado como um russano que contribuiu com a cultura de seu povo. Suas estórias, seus personagens, tudo muito próprio e criativo. Em especial, espera-se que seus amigos e conterrâneos não permitam que seu nome se apague, sobretudo seu trabalho.”

Webston Moura, escritor
 
http://arcanosgravidos.blogspot.com.br/2015/09/sobre-partida-do-escritor-airton.html

"Um advogado escritor, ou um escritor advogado. Conversando com Airton Maranhão fica difícil definir qual é a profissão e qual é a vocação. Para este russano, originário de uma família de músicos as duas coisas se completam. Seu interesse por advocacia veio por dois motivos, o primeiro, a possibilidade de ajudar as pessoas, e segundo por sua sobrevivência. Já a escrita é pura entrega. Airton afirma, que se não pudesse escrever, certamente morreria, pois é escrevendo que ele salva sua própria vida."

Sheyla Castelo Branco, jornalista

“Airton Maranhão é pródigo em criar ou mesmo ressuscitar figuras do povaréu! Figuras que têm raízes no seu torrão, ou outras que surgem do nada, parece que trazidas por aquele redemunho em que o cão é o mestre-guia!”


Robespierre Amarante

“Grande causídico. Verdadeiro defensor dos injustiçados. Através do jornal Correio de Russas, tem escrito matérias, narrando fatos pitorescos da terra de Dom Lino Deodato.”

Humberto Moreira Couto, bancário 

 “Airton é o único escritor que se conhece no mundo que escreveu um romance folclórico.”

Rachel de Queiroz, a primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras, se referindo ao livro “A Dança da Caipora”.


Pois é Rachel, você disse um dia que nosso Maranhão seria reconhecido depois de morto. Agora, esse tempo chegou.
 
 Para finalizar algumas citações extraídas das redes sociais do autor de "Os mortos não querem volta":

Quem tenta ocultar a realidade

desses crimes

tem medo de o passado
revelar a superioridade de sua conduta.
Airton Maranhão

Não chore por ter perdido o pôr do sol,
pois as lágrimas
te impedirão
de contemplar as estrelas.
Saint-Exupery

É fácil trocar as palavras,
difícil é interpretar os
silêncios!
É fácil caminhar lado a
lado,
difícil é saber como se
encontrar!
É fácil beijar o rosto,
difícil é chegar ao coração!
Fernando Pessoa

Todas as nossas palavras
serão inúteis se não brotarem
do fundo do coração.
As palavras que não dão luz
aumentam a escuridão.
Madre Tereza de Calcutá

Podemos facilmente perdoar uma criança
que tem medo do escuro;
a real tragédia da vida
é quando os homens têm medo da luz.
Platão

Use a capacidade que tens. A floresta
ficaria silenciosa
se só o melhor pássaro cantasse.
Oscar Wilde