Kansas State University

Prédio da Kansas State University.

Universidade de Utah

Fachada do Departamento de Filosofia da Universidade de Utah.

Universidade de Pradesh Arni

Uma das fachada da Pradesh Arni University, na Índia.

University PrimeTime

Paisagem da Marist University / University PrimeTime, nos Estados Unidos.

Universidade de Oxford

Anglian College, da Universidade de Oxford.

A Secretaria de Educação de Jaguaruana e o IFCE fazem enquete no link:

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sábado, 29 de dezembro de 2012

Balanço sobre a Cultura em 2012



Na           

Na retrospectiva de 2012 fazemos oportuna reflexão sobre questões culturais. O balanço envolve como pontos altos dois eventos que marcaram o término do calendário anual: o XIV Encontro Cultural Russano e a X Bienal Internacional do Livro do Ceará.
Deve-se lembrar que em ambas esteve presente o Festival em homenagem ao nosso poeta maior Francisco Carvalho. A exposição também circulou por eventos e bibliotecas no interior com destaque para a XX Jornada Quixadaense de Saúde Mental e a biblioteca municipal de Quixadá. A exposição itinerante das obras poéticas terminará na cidade de Russas em 2013.
Dentro da programação do XIV ECR uma entrevista com Carvalho, realizada por uma comissão em sua residência, serviu para animar uma das discussões mais profundas e participativas sobre cultura na cidade. O debate envolveu representantes das diversas artes tal como literatura, teatro, dança, música, cinema, artesanato, cultura popular, história e patrimônio no Centro Cultural. Dessa reunião sairam apontamentos diversos, além da sintonia para fortalecer ações ligadas às artes.
No debate “O desenvolvimento sustentável na região jaguaribana”, aém de políticos e representantes de várias cidades como Russas, Jaguaruana e Limoeiro do Norte, estavam presentes vários sujeitos sociais da comunicação social, da agricultura irrigada e familiar, com destaque para os jovens atletas da seleção de Russas. Uma verdadeira equipe de vencedores.
Além do tema água, irrigação e seca no campo, dos apontamentos estruturais para o Campus Avançado do Vale do Jaguaribe (com a efetivação do prof. Lindberg Gonçalves como primeiro diretor do campus) e da Campanha pela criação do IFCE em Russas, uma comissão formada por Allan Deberton, Conceição Alves, Eliana Machado e Thiago Felix abordou o tema cultura russana dirigindo perguntas e sugestões para o prefeito eleito Weber Araújo. O deputado federal Ariosto Holanda, presente a todo o debate e atento ao potencial daquelas reivindicações, sugeriu a criação de um equipamento vinculado ao IFCE e denominado Centro Vocacional Cultural nos moldes do CVT. Seria um centro pioneiro do gênero no Brasil e já tem dotação orçamentária para 2013.

No Cine Jaguar se configurou uma verdadeira aula de cinema com macissa participação do público no debate sobre os premiados “Doce de Coco” de Allan Deberton e “Eu quero fazer um filme” de André Araújo. A família Evangelista bem recebeu os participantes na sala cinematográfica.
Personalidades como Gillemberg, Paulinho dos teclados (ambos participantes no Concerto Clássico na Matriz), Allan Deberton, Eliana Machado, Conceição Alves, Robertson Gondim, Didi Marreiro, Zilzo Leandro, Mateus Santiago, Débora Ingrid, Ricardo Torres, Sidnei Souto, André Araújo, dentre outros do campo cultural marcaram o evento.
Já a X Bienal se consolidou como um dos grandes eventos literários não só para o estado como do Brasil. O governo do estado se esforçou para esse fim.
A carismática presença de Lílian Martins, do Autores e Ideias, registrou a presença das principais personalidades na Bienal com direito a transmissão ao vivo para a Rádio FM Assembleia. Foi o caso do poeta Azulão.
Dentre outros nomes nacionais o cordelista Abraão Batista de Juareiro com seu ar aparentemente taciturno, porém extremamente hospitaleiro e afável, estava sempre na sua banca, oferecendo suas obras e xilos exclusivas.
A cultura russana se fez presente com lançamento de livros, palestras e apresentações de Thiago Felix e Alan Mendonça. Além dos Repentistas Beija-flor e Vem-vem que marcaram a X Bienal levando a melhor cultura popular para o espaço cordel no palco Luis Gonzaga. 

Lançamentos inesquecíveis como os de Sânzio de Azevedo e Tércia Montenegro assinalaram a Bienal por enriquecerem nossa literatura e favoreceram encontros de velhos amigos.
A Bienal, portanto, consolidou-se, tal como o ECR, por ser excelente ocasião para conhecer pessoas interessantes, reencontrar outras queridas e participar de belos momentos inusitados. Mais do que fazer negócios, o livro ficou em evidência no cenário local e os sujeitos envolvidos no processo tiveram sua projeção e reconhecimento.

Segue breve balanço das ações realizadas no decorrer de 2012 pela diretoria cultural da CARUS:

1.     Lançamento da coletânea “ABC do poeta jaguaribano” no SESC Fortaleza;

2.     Apresentação da Monografia “Expansão do Ensino Superior no Brasil: o Caso do Campus Avançado de Russas” no Encontro de História e Memória do Mestrado em Educação da UFC;

3.     Realização do I Festival de Poesias Memórias do Espantalho;

4.     Apresentação e publicação do trabalho “O RESGATE DO PASTORIL RUSSANO COMO FORMA DE ACESSO À CULTURA: direito adquirido por jovens" juntamente com a professora Tatiana Rocha no I Encontro Internacional de Direitos Culturais;

5.     Garantia do apoio inicial da CARUS para realizar a Celebração dos 50 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil na Assembleia Legislativa do Ceará;

6.     Divulgação de eventos russanos na imprensa de Fortaleza com destaque para a Rádio Assembleia;

7.     Participação no XIV ENCONTRO CULTURAL RUSSANO;

8.     X BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO: lançamento de livros, palestras e mesas redondas;

9.     Apoio para criação da Comissão da instalação do Centro Vocacional Cultural pioneiro no Brasil;

10. Pleito em defesa do Arquivo Público na região jaguaribana e da preservação do patrimônio histórico;

11. Artigos na imprensa (sites e jornal impresso) e manutenção do blog Transver o Sentido;

12. Busca da integração dos artistas em coletividades e divulgação dos temas culturais.

 

Aos Leitores do Transver um pleno 2013. Até lá!




domingo, 23 de dezembro de 2012

Dinâmica para Noite de Natal ou Confraternização

Foto do Presépio iluminado na Coluna da Hora, Praça de Russas, Ceará (Foto M. J. - DN).



Vai uma sugestão de dinâmica de grupo captada na internet. Já foi usada em clínicas e reuniões, pois é de simples execução e agregadora. Boa dinâmica e feliz Natal!

Coloque todo pessoal para que forme um circulo. Entregue quatro presentes a quatro pessoas, uma longe do outra. Comece a ler um texto cuja estória contenha as palavras “direita” e “esquerda”.Toda vez que as palavra direita for falada, os quatro presentes devem ser movidos para a direita .Se for a palavra esquerda, os presentes passam para a pessoa à esquerda. Use bastante essas palavras-chaves para dar bastante movimento à essa dinâmica. No final da história quem estiver segurando presente, é o seu dono.

Uma menina vivia muito triste e ninguém sabia o motivo. Certo dia perguntou-lhe o que havia acontecido e então a garotinha respondeu:
- Sou triste porque não conheço Deus.
Então lhe falou que a indicaria o caminho a Deus.
-Siga por esse caminho e vira a primeira esquerda. Ali abrirá um campo verdinho a sua frente, siga pela esquerda em poucos passos avistará um rio a sua direita. Atravesse a ponte de madeira a direita e siga pela direita novamente. Se olhar pela direita haverá lindos pomares e a esquerda um curral cheio de boizinhos. Vire a direita entre as árvores. Caminhe sempre pela direita quando acabarem os pomares vire a direita novamente a sua frente haverá uma pequena cidade. Vire a esquerda após passar pela delegacia, depois vire direita e direita novamente, você verá um armazém a sua direita e uma loja de presentes a sua esquerda. Vire a direita após passar a loja de presentes a sua direita revelará uma linda igreja. Entre a igreja pela porta da direita e quando chegar próximo ao altar verá a sua direita uma portinha bem estreita a maçaneta esta do lado direito da porta. Ao atravessar a porta havará um longo corredor, iluminado com algumas velas do lado direito. Siga em frente até avistar um clarão do lado direito. Entre nessa sala. Ali avistará Deus.
A menininha fez todo esse trajeto, chegando lá quando entrou na salinha a sua direita um ancião de voz tremula disse’:
- Deus está aí dentro de você, do lado esquerdo do seu peito, dentro do coração.
Então a garota levou a sua mão direita ao seu peito esquerdo e deu um suave sorriso. Assim a garota nunca mais ficou triste e nas noites de véspera de natal geralmente faz uma oração a Deus, que esta simbolicamente representado num altar do lado direito de sua cama.

Para acrescentar emoção a brincadeira poderia dividir os quatro presentes da seguinte forma: quando terminar de contar historia quem ficou com o presente nº 01, poderia ser algo para ser partilhado com todos (usei um pacote de ouro branco 1k),e quem ficou com o presente nº 02 dá para quem está do seu lado direito, quem ficou com o presente nº03 dá o presente para quem está do seu lado esquerdo e quem ficou com o último presente nº 4, o dono dele deveria realizar uma tarefa ( ir no centro da roda, cantar uma música de Natal e desejar a todos um Feliz Natal) para que o presente fique com ele, caso contrário, teria que doar também.

Eu fiz essa dinâmica na festa de encerramento da empresa e todos gostaram, usei para os presentes só chocolate, no presente nº 01 uma caixa com 1kg ouro branco, o presente nº 02 uma caixa de bombom lacta, no presente nº 03 uma caixa rafaello, no nº 04 ferrero, mas você pode colocar o que quiser...
Feliz Natal a todos os amigos do Transver o Sentido.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Definições de Gregório de Matos: boca do sagrado, da verdade

Como a terra brasileira foi agraciada com o talento de grandes poetas!

Nesse campo literário podemos destacar a vida e a obra de dezenas, quem sabe centenas, de baluartes que legaram sua genialidade para a cultura nacional e inspiração para as almas sedentas de brilho estético, ético e verdadeiro.

Ao primeiro grande poeta brasileiro que se tem notícia, Gregório de Matos e Guerra,  admiração e reconhecimento pela coragem de ter denunciado os malfeitos dos homens do seu tempo. Assim nos legou um quadro socio histórico único e lúcido.

Esse baiano é autor de um dos versos mais conhecidos de nossa cultura:

"Que falta nesta cidade?................Verdade

Que mais por sua desonra?...........Honra

Falta mais que se lhe ponha..........Vergonha."



"O demo a viver se exponha,

Por mais que a fama a exalta,

numa cidade, onde falta

Verdade, Honra, Vergonha."



"Quem a pôs neste socrócio?..........Negócio

Quem causa tal perdição?.............Ambição

E o maior desta loucura?...............Usura.
(...)"


 
Considera-se do referido poeta, pelo menos, uma obra mais ou menos coesa, encerrada no estilo dualista barroco, que foi compilada sob o nome do referido senhor de engenho e doutor formado em Coimbra (esses dois elementos da vida de Gregório em si já denunciam uma dualidade contrastante).
                                                                            Gregório em foto montagem 'observa' o movimento dos populares na Igreja Hospício de N.S. da Piedade,  Bahia Colonial.



Era a expressão também de uma alma devota, envolvida numa fé dedicada ao Salvador com quem dialogava em versos quase salmíficos. Aliás, estilo característico do barroco que animava os artistas, escultores e escritores de "seiscentos".


Naturalmente que a obra completa de Gregório de Matos deve ser considerada em se acrescentando toda a influência que o contexto social, histórico e cultural lhe confere. Inclusive pesando todas as possíveis influências coletivas, digamos assim, que a obra possa ter sofrido. Essas questões são de interesse de especialistas literatos e historiadores. Inclusive em nada diminuem os créditos do satírico trovador baiano.

Postamos essa pequena coletânea de poesias nas vésperas de 2013, ano em que o poeta baiano completa 390 anos de nascimento na terra de todos os santos.

A Gregório de Matos essa singela homenagem.


Buscando a Cristo

A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados. A vós, divinos olhos, eclipsados De tanto sangue e lágrimas abertos, Pois, para perdoar-me, estais despertos, E, por não condenar-me, estais fechados. A vós, pregados pés, por não deixar-me, A vós, sangue vertido, para ungir-me, A vós, cabeça baixa, p'ra chamar-me A vós, lado patente, quero unir-me, A vós, cravos preciosos, quero atar-me, Para ficar unido, atado e firme.´

 

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Soneto

Carregado de mim ando no mundo, E o grande peso embarga-me as passadas, Que como ando por vias desusadas, Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo. O remédio será seguir o imundo Caminho, onde dos mais vejo as pisadas, Que as bestas andam juntas mais ousadas, Do que anda só o engenho mais profundo. Não é fácil viver entre os insanos, Erra, quem presumir que sabe tudo, Se o atalho não soube dos seus danos. O prudente varão há de ser mudo, Que é melhor neste mundo, mar de enganos, Ser louco c'os demais, que só, sisudo.

 

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Soneto

Neste mundo é mais rico, o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa: Com sua língua ao nobre o vil decepa: O Velhaco maior sempre tem capa. Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa; Quem menos falar pode, mais increpa: Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. A flor baixa se inculca por Tulipa; Bengala hoje na mão, ontem garlopa: Mais isento se mostra, o que mais chupa. Para a tropa do trapo vazio a tripa, E mais não digo, porque a Musa topa Em apa, epa, ipa, opa, upa.

 

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Soneto

Continua o poeta em louvor a soledade vituperando a corte
Ditoso aquele, e bem-aventurado, Que longe, e apartado das demandas, Não vê nos tribunais as apelandas Que à vida dão fastio, e dão enfado. Ditoso, quem povoa o despovoado, E dormindo o seu sono entre as holandas Acorda ao doce som, e às vozes brandas Do tenro passarinho enamorado. Se estando eu lá na Corte tão seguro Do néscio impertinente, que porfia, A deixei por um mal, que era futuro; Como estaria vendo na Bahia, Que das Cortes do mundo é vil monturo, O roubo, a injustiça, a tirania?
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Soneto

A uma dama dormindo junto a uma fonte.
À margem de uma fonte, que corria, Lira doce dos pássaros cantores A bela ocasião das minhas dores Dormindo estava ao despertar do dia. Mas como dorme Sílvia, não vestia O céu seus horizontes de mil cores; Dominava o silêncio entre as flores, Calava o mar, e rio não se ouvia, Não dão o parabém à nova Aurora Flores canoras, pássaros fragrantes, Nem seu âmbar respira a rica Flora. Porém abrindo Sílvia os dois diamantes, Tudo a Sílvia festeja, tudo adora Aves cheirosas, flores ressonantes.
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Ao Braço do Mesmo Menino Jesus Quando Appareceo

O todo sem a parte não é todo, A parte sem o todo não é parte, Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga, que é parte, sendo todo. Em todo o Sacramento está Deus todo, E todo assiste inteiro em qualquer parte, E feito em partes todo em toda a parte, Em qualquer parte sempre fica o todo. O braço de Jesus não seja parte, Pois que feito Jesus em partes todo, Assiste cada parte em sua parte. Não se sabendo parte deste todo, Um braço, que lhe acharam, sendo parte, Nos disse as partes todas deste todo.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

GESTÃO CULTURAL: TENDÊNCIAS E DESAFIOS



Graças aos temores da crise econômica internacional, mas também relacionado à falta de conhecimento da potencialidade da cultura entre nós, percebe-se certa falta de originalidade nas políticas públicas do campo cultural. Dado algumas exceções como os pontos de cultura, a disseminação de bibliotecas, a preservação do patrimônio imaterial, o lançamento de editais mais acessíveis, realização de eventos e formações especializadas, dentre outros, evidencia-se um quadro de descontinuidade nas políticas de Estado, falta de experiência e até despreparo na gestão pública da cultura e do patrimônio histórico.
Reconhecimentos nominais devem recair, no âmbito cearense, para o Prêmio Mestres da Cultura (e o respectivo Encontro Mundial), Prêmio Para Autores Cearenses (um dos maiores editais literários do país), ambos do Governo do Estado do Ceará. A gestão cultural municipal da Prefeitura de Fortaleza, também merece ser citada: com a revitalização, tombamento e construção de órgãos ligados à cultura, arte e lazer nos últimos anos. Memorial da Carnaúba, OFICART e Som das Carnaubeiras, para citar experiências organizadas pela sociedade na região jaguaribana, que contam com algum apoio do poder público.
Percebida em várias esferas, a estagnação cultural não é maior graças a dois fatos isolados e próximos ao mesmo tempo: primeiro ao esforço de artistas, grupos e pesquisadores abnegados que buscam espaço e expressão. Segundo devido à indústria cultural, entendida aqui como aquela que viabiliza o produto para as grandes massas, com objetivos mais propriamente comerciais do que com preocupações estéticos e de bom gosto.
Felizmente o conceito de cultura, monumento, arte, patrimônio tem se ampliado. O bastante para confundir os técnicos e gestores e complicar ainda mais o campo da política escolar, cultural e patrimonial. Por outro lado uma avalanche de possibilidades e tendências paralisa aquele que pretende se ocupar em agradar a todo mundo.
Realmente a cultura é algo muito grande e valioso para ficar nas mãos dos gestores. Mas os governos devem ter sensibilidade para captar as demandas e viabilizar as potencialidades que a gestão da cultura encerra. Isso sem tirar a liberdade e a independência do autor, do artista, do produtor cultural. Difícil equilíbrio.

Nesse contexto de muitas possibilidades e pouca clareza, Hugues de Varine traz a possibilidade de conciliarmos desenvolvimento econômico e cultural, riqueza histórica e vivência cotidiana da cidade. O consultor internacional de origem francesa é autor do livro: “As raízes do futuro: o patrimônio a serviço do desenvolvimento localoriginal do francês “Les racines du futur - Le patrimoine au service du développement localcom tradução atualmente esgotado no Brasil.

Varine participou ativamente do evento realizado pela UNESCO no Chile e que resultou na Carta de Santiago, em 1972. Dentre outras inovações, o documento ali escrito legou a possibilidade e viabilidade do equipamento cultural está vivo, aberto e a serviço da sociedade do seu entorno. Com essa nova concepção, os museus tradicionalmente influenciados pela metodologia norte-americana e europeia, passaram a ganhar uma conotação menos “antiga” e “morta” se tornando espaços de relevância para a comunidade do entorno. Varine ainda cita em sua palestra no Museu do Ceará o caso francês, onde a grande riqueza de museus está hoje, entre outras demandas, a serviço dos descendentes de imigrantes que habitam em considerável número cidades como Paris.

O autor que conheceu e é admirador de Paulo Freire visitou experiências em Maranguape e Aquiraz e confirmou, conhecendo o Ceará, a impressão da originalidade do povo brasileiro.

O desafio se coloca para o prefeito eleito Roberto Cláudio dar prosseguimento ao movimento iniciado na gestão petista. Fica o convite para todos os gestores municipais olharem com respeito e cuidado tudo que diz respeito à identidade de sua cidade, seja patrimônio cultural ou natural, material ou imaterial. Espera-se do Governado do Estado ousadia na interiorização da cultura, elemento fundamental para o desenvolvimento humano e comunitário de uma sociedade.

DEUS SEJA LOUVADO







Discussão oportunizada a partir da opinião de Rachel Sheherazade, 
jornalista de um telejornal afiliado de grande emissora brasileira. Essa é uma excelente oportunidade para refletirmos sobre história, a laicidade e a relação da religião com o Estado.

O Brasil foi criado sob o nome de Terra de Santa Cruz. Depois a Igreja Católica atuou junto aos interesses da metrópole, dando, na avaliação de alguns historiadores, sustentação ideológica ao projeto colonizador. Depois sofreu injusta perseguição do Marques de Pombal, principalmente a congregação jesuíta.

O catolicismo também serviu ao Império, com sua estrutura nacionalmente sistematizada, mas foi paulatinamente se desvencilhando do cesaropapismo. No decorrer do século XX a desvinculação foi completa e coincidiu com o desapego da religiosidade e a falta de profundidade espiritual no Ocidente. Foi um contraste quando comparado aos países mulçumanos, além dos asiáticos e africanos que mantém fervor religioso e seu reflexo nos governos.

Em nome de uma igualdade religiosa hoje buscamos tirar todas as referências que remetem ao cristianismo, de longe a comunidade mais numerosa no país (aí incluídos católicos, protestantes pentecostais e neopentecostais, dentre outros). A pergunta que fica é qual será o próximo passo?

A jornalista não merece os parabéns apenas pelo posicionamento equilibrado, mas também pela atitude corajosa.
Segue postagem com link do vídeo: