Kansas State University

Prédio da Kansas State University.

Universidade de Utah

Fachada do Departamento de Filosofia da Universidade de Utah.

Universidade de Pradesh Arni

Uma das fachada da Pradesh Arni University, na Índia.

University PrimeTime

Paisagem da Marist University / University PrimeTime, nos Estados Unidos.

Universidade de Oxford

Anglian College, da Universidade de Oxford.

A Secretaria de Educação de Jaguaruana e o IFCE fazem enquete no link:

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Apresentação

 UM REGISTRO DO ENSINO SUPERIOR EM RUSSAS
Comparada a outras regiões do Ceará e do Nordeste, o vale do Jaguaribe tem uma experiência antiga no campo da educação. Às vezes pioneira. Desse modo a estrutura escolar jaguaribana era mais aparelhada ou, pelo menos, menos precária do que em outras regiões como coloca Girão (1985): “As escolas de Fortaleza e do Aracati, incontestavelmente as cidades mais importantes da província, eram as únicas que contavam com alguns bancos e algumas mesas (escolares) fornecidos pelos cofres públicos”.
Os que “tinham estudo” na região jaguaribana foram, por muito tempo, aqueles oriundos de outras regiões. Ou eram pessoas que retornavam de estudos realizados fora do Ceará.
É provável, contudo, que rudimentares processos de ensino tenham sido introduzidos já pelos padres missionários nas primeiras experiências de catequização do século XVIII. O foco seria o ensino voltado para os curumins, as crianças dos aldeamentos, e, de um modo geral, os povos dos sítios igrejas.
A provisão para Mestre de Primeiras Letras em Russas data de 07 de junho de 1804. O professor era Antônio Dourado de Azevedo e deveria receber seu salário a cada três meses na recém instalada Vila de São Bernardo. (ROCHA, 2001).
Ø  Joaquim Rodrigues de Carvalho, português, foi nomeado em 1822, mas expulso pelos rebeldes daquele conturbado ano. Veio assumir em São Bernardo efetivamente em 1825.
Ø  1844 foi o ano em que a escola primária pública de Tabuleiro da Areia foi instalada.
Ø  Em 1855 a cadeira do Prof. Joaquim era provida vitaliciamente pelo seu filho, o Pe. Lino Deodato e depois pelo irmão deste, o prof. João Carvalho.
Ø  No mesmo ano foi criada na sede da vila a cadeira de primeiras letras para o sexo feminino sendo nomeada a professora Rita Sebastiana da Costa Feijó.
Ø  No dia 25 de agosto de 1857 eram instaladas as escolas de primeiras letras de Morada Nova e Livramento (Lei N 806).
Ø  Em 27 de outubro de 1870 foi criada a cadeira de ensino primário para o sexo feminino na povoação do Limoeiro.
Ø  Em 1882 foi criada a escola pública primária para sexo masculino na povoação de Santa Cruz do Palhano. No ano seguinte foi instituída escola primária mista.
Um dos marcos do ensino regular entre os jaguaribanos foi a criação da Cadeira de Latim, em Russas, iniciativa do então Imperador Dom Pedro II através da Lei 1.486 de 14 de dezembro de 1872. Foi uma das primeira a se instalar na região, antecedida apenas pela escola de latim de Aracati. O romance “Dona Guidinha do Poço”, do escritor Oliveira Paiva, faz uma alusão histórica a esta escola.
Em 02 de fevereiro de 1896 surgia em Russas a primeira iniciativa de ensino particular, o Colégio do Sagrado Coração. Cujo diretor era Ildefonso Rodrigues de Carvalho. Esse estabelecimento não era público, mas uma iniciativa do Mons. João Luis e que se configura como uma resposta local a demanda crescente por instrução.
Continuando em Russas, o Grupo Escolar Municipal foi iniciado décadas depois, em 1934 e inaugurado em 31 de março de 1935, era o resultado da Reforma Educacional iniciada em 1922 pelo Diretor da Instrução Pública, o paulista Lourenço Filho e continuada por Joaquim Moreira de Sousa, também Secretário de Educação do Estado.
Vale lembrar que só em 1937, em plena ditadura de Vargas, foi elaborada a primeira Política Nacional de Educação, ou seja, passava a ser a escola direito de todo o brasileiro.
Na obra “O universal pelo regional: definição de uma política universitária” (1966), o prof. Antônio Martins Filho apresenta as justificativas que demandam a instalação de campi observando as aptidões locais, sejam elas potencialidades vocacionais, sejam demandas técnico-profissionais. Nessa coletânea de pronunciamentos e artigos históricos, o fundador das primeiras universidades cearenses traz, além de um apanhado histórico do florescente período de crescimento da Universidade Federal do Ceará – UFC, uma valiosa trilha para aqueles que sonham com o impossível, lutando pelo desenvolvimento humano e pelo bem comum.
Naquele tempo o desafio era criar uma estrutura universitária pelo menos na capital, Fortaleza.
No alvorecer do século XXI, contudo, o Brasil acordou para a realidade do ensino superior: a juventude está em sua grande maioria longe da universidade, constituindo esse ensino um privilégio. Proliferam as faculdades particulares, e a UFC inicia sua interiorização: iniciando por Sobral e Barbalha, aproveitando os  equipamentos de saúde destas cidades, instala cursos de medicina. Depois em Quixadá e Juazeiro do Norte, campi ainda em finalização.
O Vale do Jaguaribe participou desse momento a partir do prestígio político do seu clero aglutinado na Diocese de Limoeiro do Norte. Con. Misael Alves e, principalmente, Dom Aureliano Matos, primeiro bispo diocesano, lutaram ardorosamente pela criação da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos, Fafidam. A criação da faculdade na região então se fez a partir da ação de membros da igreja que viam no ensino superior a possibilidade de redenção do Vale.
Não obstante, os jaguaribanos, principalmente os russanos, atentaram para o fato enigmático da ausência de uma universidade na região. Os cidadãos da terra de Dom Lino se uniram aos de outras cidades na reivindicação por uma estrutura de ensino público de qualidade que viesse assistir àquelas potencialidades e demandas apontadas por Martins Filho.
Em 31 de agosto de 1975 era criada a FUNEVALE – Fundação Educacional Vale do Jaguaribe, instituição que, nos moldes de uma similar localizada em Sobral, pretendia compor os quadros e as condições necessárias para a instalação de uma universidade na região.


                Mas é apenas no em 27 de junho de 2007 que o Curso Seqüencial Superior de Tecnologia em Frutos Tropicais de Russas foi aprovado sob o parecer de número 4372007 pela Câmara da Educação Superior e Profissional do Conselho Estadual de Educação. Teve como relator o Prof. Antônio Colaço Martins.
É de compreensão geral que não podemos dispensar uma participação ativa na sociedade do conhecimento: o tempo da simples transmissão de saberes chegou ao fim. Precisamos de locais de produção de conhecimentos. Principalmente aqueles ligados aos nossos potenciais geofísicos, agrícolas, ambientais, culturais e sociais e que deem resposta à crise do sistema capitalista com os saberes ancestrais e multiculturais que a região possui.


(Breve resumo do texto "A INSTRUÇÃO NA REGIÃO JAGUARIBANA E UM REGISTRO DO ENSINO SUPERIOR EM RUSSAS" de autoria do estudante da Especialização em Docência do Ensino Superior Thiago Felix).

Frutos da Mobilização pela instalação do Campus da UFC no Vale do Jaguaribe

Audiência com o Mag. Reitor da UFC, Prof. Jesualdo Farias que abordou a criação do Campus em Russas, Ceará.

Publicação pelo INESP dos debates ocorridos na Audiência Pública do dia 22 de fevereiro de 2010 no CVT de Russas.

Delegados escolhidos para representar Russas na II Conferência Estadual de Ciência, Inovação, Tecnologia e Ensino Superior do Ceará, juntamente com o Secretário Prof. René Barreira.

Mobilização de estudantes, cientistas e políticos na Assembleia Legislativa do Ceará pelo Campus da UFC no Vale do Jaguaribe

Thiago Felix, Prof. Lindberg Gonçalves, Dep. Roberto Claudio, Dep. Gilberto Rodrigues confirmam presença na Audiência Pública sobre o Campus.
   Reunião de professores e lideranças com o INESP, nas
dependências da Assembleia Legislativa, ALCE.


Dom Mauro Ramalho, Weber Araújo, Agaci Fernandes, Pref. Raimundo Cordeiro, Dep. Prof. Teodoro, Dep. Roberto Cláudio, Dep. Federal Mauro Benevides, Jeová Costa Lima, Prof. Cláudio Marques (representante do reitor), Prof. Lindberg Gonçalves, Prof. Xavier, Robertson Gondim, Pastor Antenor, na e centenas de jaguaribanos discutindo as condições da instalação do Campus Avançado da UFC em Russas.



quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A responsabilidade dos governos com a educação

A Constituição Federal brasileira, divide a responsabilidade pela educação entre governo, família e sociedade. Cabe refletirmos um pouco o papel de cada um no processo educativo.

Muitos estudos, principalmente no campo da educação e da psicologia, tem comprovado a influência do contexto familiar no desempenho e rendimento cognitivo e afetivo dos escolares. Emília Ferreiro já constatou que, as crianças que acompanham hábitos de leitura entre os pais, tem propensão a desenvolver o mesmo comportamento. A pesquisadora concluiu que a ação de ler não é uma construção natural e universal, inerente à criança. Ela deve observar, junto aos adultos, os mencanismos e métodos que constituem o processo de leitura.

Esse é apenas um exemplo da importância da família na construção de hábitos das crianças e da sua responsabilidade junto a elas. Uma relação contínua entre escola (professores, gestores escolares) e família (pais) também é uma atitude importante nas escolas, por elas entederem a relevância da participação dos pais e da família na educação (escolar, moral, cultural, social) dos pequenos.

A sociedade, por sua vez, contribui fiscalizando, acompanhando, cobrando do poder público suas obrigações constituicionais. Assim ela deve contribuir nas conferências setoriais que o governo organiza a fim de criar diretrizes para as políticas públicas, criar espaços e fóruns de acompanhamento da gestão e produção das universidades, escolas e também hospitais, empresas públicas e de tudo que interfira na coletividade. A sociedade tem o poder inecedível de promover mobilização em torno dos temas mais urgentes da atualidade.

O governo, por sua vez, ao apresentar uma capilaridade burocrática bem estruturada, se posiciona como uma peça fundamental na execução das políticas amadurecidas e discutidas pela sociedade e lideranças políticas. O governo realiza a gestão dos recursos públicos a fim de garantir, a partir das urgências, das necessidades e prioridades, o bom funcionamento dos aparelhos estatais, garantido assim a qualidade, a continuidade e acessibilidade dos serviços públicos.

Em relação ao ensino superior, cabe refletir o que tem demandado a sociedade, quais as metas e prioridades do governo para o futuro.

Os três parágrafos seguintes foram tirados do comunicado que resultou da Conferência Mundial sobre Ensino Superior 2009. A transcrição dos parágrafos ocorreu na íntegra a fim manter a integridade do pensamento central que compoe o documento. Foram destacados em negrito os pontos mais importantes para o próximo debate.

"As Novas Dinâmicas do Ensino Superior e Pesquisas para a Mudança e o Desenvolvimento Social realizado pela UNESCO, em Paris, de 5 a 8 de julho de 2009: “Como um público bom e estrategicamente imperativo para todos os níveis de educação e como a base para pesquisa, inovação e criatividade, o ensino superior deve ser uma questão de responsabilidade e suporte econômico de todos os governos. Conforme destacado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, ‘o ensino superior deve ser igualmente acessível para todos na base do mérito' (Artigo 26, Parágrafo 1)”.

E ainda: “A atual crise econômica pode aumentar a diferença em termos de acesso  qualidade entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento, assim como dentro dos países, apresentando desafios adicionais em países onde o acesso ainda é restrito. Nunca na história foi tão importante investir na educação superior como força maior na construção de uma sociedade inclusiva e de conhecimento diversificado, além de avançar em pesquisa, inovação e criatividade"

“A década passada deixou evidências de que a pesquisa e o ensino superior contribuem para a erradicação da pobreza, para o desenvolvimento sustentável e para o progresso, atingindo as metas internacionais de desenvolvimento, que incluem as estabelecidas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e em Educação para Todos (EPT). A pauta da educação mundial deve refletir essas realidades.”

Com o espoxto fica evidente a responsabilidade do poder público de criar oportunidades igualitárias de acesso à universidade para todos os cidadãos brasileiros, independente da região que ele habite.

Além de ser um direito, o ensino universitário é a garantia da produção de conhecimentos, geração de saberes, melhorias na economia, na qualidade de vida de uma população. A sociedade que recebe todos esses benefícios, deve ainda, junto ao setor produtivo, assumir os custos pela universidade pública e de qualidade.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Articulações da sociedade pela equidade do ensino superior no Brasil

No mundo que se movimenta e se transforma continuamente através de processos tecnológicos, a busca pelo conhecimento é uma atitude comum e mesmo essencial.

Tanto é assim que os governos que mais investiram na formação de sua população conquistaram índices elevados de desenvolvimento humano e social. A saúde, o bem-estar social e o desenvolvimento econômico estão estreitamente relacionados á educação de qualidade.

Compreendendo esses fenômenos, grupos organizados da sociedade civil tem articulado, desde 1975, um movimento pela instalação de um CAMPUS UNIVERSITÁRIO NO VALE DO JAGUARIBE.

Essa bandeira tomou forma a partir de 2006 e ganhou impulso com a expansão do ensino superior do governo Lula.

Uma série de postagens irá apresentar esse movimento desde o seu início. Além disso disporá didaticamente uma série de fotos, vídeos e documentos que ilustram o movimento pela educação e o desenvolvimento humano.

Boa leitura!

domingo, 5 de dezembro de 2010

HOJE SE INICIA UMA SÉRIE HISTÓRICA QUE APRESENTARÁ O MOVIMENTO PELO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO E DE QUALIDADE NO INTERIOR DO BRASIL