A Bienal do Livro do Ceará, evento realizado pelo governo do Estado, se consolida como um dos maiores eventos do gênero no país. Com a presença de grandes editoras nacionais, universidades e instituições internacionais, o evento conta também com várias atividades acontecendo simultaneamente:
- Palestras e debates literários;
- Mesas redondas de vários temas;
- Cursos, oficinas e rodas de conversa;
- Relatos de experiências, contação de histórias, e claro:
- Lançamentos de livros;
Um dos bons resultados de um evento como esse é que não somente o livro fica em evidência, mas toda a rede artística de maneira que vemos aqui pinturas, ali apresentações teatrais e de música, encontramos personagens folclóricos andando pelos corredores, cordelistas declamando e vendendo suas obras. Jornalistas, escultores, folcloristas, poetas, atrizes, estudantes, crianças de colo, aposentados, fotógrafos, professores: de maneiras distintas todos procuram um pouco de arte para as suas vidas.
As pessoas aproveitam para um registro fotográfico
com seu personagem predileto.
Uma cena inusitada: vi uma funcionária lendo trechos de um pequeno livro enquanto exercia seu trabalho. Que outro tipo de evento poderia proporcionar esse encontro de leitores, obras e autores com tamanha potência?
Esse ano a Bienal contou com a presença da Monja Cohen, Frei Betto, Conceição Evaristo, Oswald Barroso, Casemiro Campos, Ana Miranda, Raymundo Netto, Tércia Montenegro, Assis Almeida, Fernanda de Façanha, Lucinda Marques, Roxinol do Rinaré, dentre muitos outros.
Apesar da crise pela qual atravessa nosso país, milhares de cearenses compareceram ao Centro de Eventos do Ceará, seja para prestigiar seu autor em lançamentos de livros, seja para pesquisar livros nos stands das livrarias ou simplesmente para passear com a família.
Aliás, um dos nichos que se consolida ano após ano, ou melhor, em cada bienal, é justamente o seguimento de livros para crianças. A quantidade de produtos, a variedade e a acessibilidade dos preços (produtos de 5 reais, 10 e até mesmo de dois reais!) permitem que mais famílias comprem alguma obra para a garotada.
Profissionais de saúde, educadores e pais sabem da importância dos livros: mais do que nunca a presença deles em casa se faz necessária por um motivo inusitado: a pseudo onipresença dos tablets, celulares e smartphones obriga os pais a oferecem outras alternativas de lazer, garantindo a diversidade de experiências e também o aprendizado de conhecimentos.
Dra Erivânia, Prof. Casemiro Campos e os escritores Fernanda e
Assis Almeida.
Eu, particularmente, aproveito para encontrar pessoas muito queridas. Algumas só encontro nesses eventos literários, outras, inclusive, só encontro na Bienal, como é o caso do professor, xilogravurista e cordelista Abraão Batista, de Juazeiro do Norte.
Quem ler esse texto hoje ou amanhã, não deixe de ir no Centro de Eventos visitar a Bienal do Livro. Vai ser, com certeza, uma vivência agregadora, que potencializa a cadeia do livro, prestigia nosso autor cearense e abre novas experiências a partir das artes e do conhecimento.